quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Era como se o amor doesse em paz

Quis te odiar de cara: agressivo, metido, cínico, ... e lá se vão características más com a doce perversão da virilidade. Você era bom naquilo que eu amava e não dominava, meu bom capoeira; você invadiu o meu ego, o meu território, o meu campo de visão: ou eu te odiava ou me apaixonava por você...
Te odiei sinceramente, até o dia em que você foi inventar de, além de viril, ser interessante e me dar atenção. Minhas barreiras são sensíveis ao hálito do perigo: me desmontei, deixei partes minhas pela sua casa, e mal tive coragem de olhar pra trás e constatar que queria ficar inteira. Mas você chamou “Carolina” e o chamado faz girassol com o olhar, que se volta sem se dar conta. Você gritou “Carolina” e eu olhei em paz, já sem armas, sem tempo pra me importar: já te amava.