terça-feira, 6 de abril de 2010

Every woman is a black magic woman

Depois de tantos anos de luta, as mulheres conseguiram o que elas queriam: o direito de ter libido, sem precisar ser aquele ser que precisa ser conquistado e dar pro cara quase como uma recompensa. O que poucas pessoas vêem é que isso é uma evolução e tanta também pra alguns homens que não se vêem como machos-alfas da espécie e não precisam mais se sentir na obrigação de satisfazer todas as fêmeas necessitadas que vierem requisitar os seus serviços.

É, depois de tantos anos de lutas internas e de me virem falar Pagu, Frida Kahlo, Simone de Beauvoir, Edith Piaf, Leila Diniz, me permito também, como elas, ser mulher e acima de tudo ser humano, com os meus desejos, fraquezas, purezas e perversões. Me permito me ser, aceitando que nem todos verão uma genuína força feminina desabrochando nos meus olhos - sim, toda mulher quer ser deusa e, às vezes, é só "uma garota, na frente de um garoto, pedindo pra que ele a ame". Me permito ser rejeitada sem me odiar tanto.

Mas quer saber de uma coisa? No fundo a mulher ainda não sabe lidar com a rejeição do seu corpo, coisa que os homens encaram muito bem. Portanto, não se assustem... quando uma mulher é rejeitada, Afrodite veste seu vestido vermelho e vem brigar com o Cupido por aqui.
Os indícios mais comuns de sua presença são danças sensuais, bebida, acertos de conta ousados, provocações e charme, muito charme.

Porém, não a culpem. Afrodite nunca foi rejeitada.

Portanto, não me culpem. Qualquer desvario romântico, qualquer olhar perigosamente sensual da minha parte, já saibam: é minha Afrodite rodando a baiana, cheia de brasileirismos e com licença pra sambar.

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