quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Partida e sem porto seguro, é mais ou menos assim que a gente se sente no meio da estrada, depois de uns 2 ou 3 amores que caíram do céu feito pingo em poça d’água, e lá ficaram: armadilhas pros meus pés descalços, cheios de calos secos.


Partidas que não se superam, porque eu cansei de ir embora. Cansei de renovações, socos no estômago, dilúvios cerebrais, tempestades emocionais e textos técnicos.

Cansei do equilíbrio, da independência (a minha, a do Brasil, a do mundo), da paz. Cansei de tudo que dá trabalho. Cansei de trabalhar para ansiar pelo descanso.

Vou cancelar a terapia pra tomar banho de cachoeira todos os dias. Quando eu cansar de ser limpa, vou tomar um porre. Vou morar dentro do meu próprio abandono, me aquecer a partir do que me destrói. E torcer pra não ir embora. Mais do que ser corajosa para partir, quero ser humana: quero (saber) ficar.

Um comentário:

  1. Oie Cecilia!
    Estou te seguindo, add link pra vc.
    Me segue tb.

    Adorei seus posts estão muito legais, dá pra viajar...
    Kisses

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