A favor das minhas cifras silenciosas
Que descombinam das tuas falas cantantes.
Porque, como uma doida, a poesia me aparece
No limiar entre o sono e o olhar racional
Que te procura, (não sei porquê) te procura
E te encontra crescido e crescente
À meia-luz.
A loucura, esse instrumento de poesia,
Em algum momento me foi transferida
Usou tua boca e teus ombros pra se delinear
Mas agora é minha.
E, por fim, a meditação, nosso instrumento
Te contempla. Te espera. Te gosta.
Me conta coisas delirantes
Sobre amar, odiar, temer
Mas eu não quero entender.
_A poesia foi feita pra ser entendida?
Retrucaria (eu), face a teus questionamentos.
Meditaríamos (nós), frente ao suspense.
E concluiríamos o óbvio, esse grande absurdo
Sobre o amor ser estranho, repentino, contraditório,
Inconveniente, misterioso, delicado,
Numa linguagem tão
Nenhum comentário:
Postar um comentário