domingo, 17 de julho de 2011

Poema de salvação (com dedicatória)

Como sou justa, faço poesia para um homem que precisa de poesia pra se salvar de si. A esse, meus mais sinceros sentimentos eu-liricais.

Te destrambelhando em versos
Sigo provocando o que você desacredita em mim
Pra te provar que sou mais inventora
Que romântica. Mais mentirosa que mulher.
Com umas frases suas, te transformo em música.
Me dá um sorriso: não porque eu precise disso
E sim porque ele é desculpa pro meu, e você vai gostar.
Encha-me de desolhares novos.
Finjo que desaprovo seu olhar cansado do mundo
Que vai vir repousar nos meus seios ainda doces
E brincar com os amores que despontam na hora de gozar...
Quem sabe você não acorda (de) novo?
Sou doida pra ser sua amante, sua louca
Sou doida demais pra tudo, mas tenho a lúcida impressão
De que ando te amando.
Tenho a nítida lucidez de que a mania de inventar
Dessa vez não vai me salvar da dor.
Vou acabar por me apaixonar na vida e no papel, e você sabe:
A poesia eterniza qualquer tipo de amor.  

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